🚰 A Taxa de Escassez (Stock-to-Flow) e os Modelos de Valoração do Bitcoin
O “stock to flow” prevê mesmo preços de >100 mil dólares em poucos anos?
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De onde vem o valor do Bitcoin? Responder essa pergunta é uma tarefa impiedosa. Atreva-se a questionar alguém.
Provavelmente, vai ouvir uma enxurrada de termos tecnológicos, princípios morais, questões políticas e crenças esotéricas.
Para as cabeças quantitativas, pouco importa. Afinal, não tem como responder só “se tá caro ou barato”?
Pois agora tem (uma resposta objetiva).
Ancorada em teorias que já gravitavam no imaginário popular, a história do “stock to flow” se espalhou como rastilho de pólvora.
Em março de 2019, um analista financeiro holandês, sob pseudônimo, publicou um modelo econométrico um tanto quanto exótico. De forma simples, descrevia preços de mercado do Bitcoin em função de sua escassez.
Seu pseudônimo: Plano ₿. O preço projetado pelo modelo (para 2021): 100 mil dólares por moeda.
🥇 Por que tanta popularidade?
O “stock to flow” (S2F, ou, em português, taxa de escassez) é uma medida de raridade, aplicada normalmente a commodities.
Ela responde à pergunta: “considerando o ritmo atual de produção, em quantos anos será duplicada a quantidade de unidades do ativo hoje em circulação”?
Em outras palavras: “se o fluxo atual continuar, em quanto tempo o estoque dobra”?
Ou, ainda: “assumindo que 12.5 bitcoin são produzidos a cada ~10 minutos, quantos anos levaria para serem adicionados mais ~18 milhões de moedas à oferta circulante”? (Em novembro de 2019, ~25).
Economistas e investidores já tinham flertado antes com a aplicação do racional ao Bitcoin. Trace Mayer e Saifedean Ammous (autor do livro The Bitcoin Standard) são dois exemplos.
Mas, foi ao articular a tese da reserva de valor digital na língua do mercado financeiro, que Plano ₿ fez gestores tradicionais, mundo afora, começarem a entender a empolgação com o Bitcoin — não só do ponto de vista ideológico, mas também de investimento.
📜 De onde vem o indicador Stock to Flow?
S2F é uma métrica que pode ser aplicada a qualquer commodity não-renovável. Inclusive, há muito já se falava em “Stock to Flow” na literatura econômica.
No artigo que popularizou a aplicação do conceito a criptomoedas, chama atenção a comparação entre o S2F do Bitcoin versus o do ouro, prata e outros minerais que carregam premium monetário (valem mais do que sua mera utilidade industrial).
A inovação do Plano ₿ não foi o indicador em si, mas sim usá-lo para construir um modelo. Ao regredir o S2F do bitcoin contra sua capitalização de mercado (ambos em log. natural — ln -, como veremos adiante), o analista encontrou uma correlação linear com ótimo fit.
O que isso significa? Que há boas chances de haver uma relação linear entre as séries temporais ln(S2F) e ln(Mcap).
E o que podemos fazer com 2 variáveis relacionadas, quando conhecemos de antemão a progressão nos valores de uma, mas não temos como saber os valores futuros de outra? Previsões!
Isso mesmo: a linha que melhor se ajusta aos pares de dados observados, quando extrapolada para o futuro, fornece previsões (não do tipo “bola de cristal”, mas do tipo “estatística”).
Na parte de baixo da imagem acima, você vê outros exemplos de relacionamentos com propriedades parecidas — as chamadas leis de potência.
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