👷‍♀️ Como se Precifica e Opera Futuros de Hashrate?

Por dentro de um dos derivativos mais exóticos do mercado.

Felipe
2 min readAug 6, 2020

A FTX foi a primeira corretora a oferecer derivativos de hashrate suficientemente líquidos. São uma classe de instrumento que dá a mineradores a possibilidade de hedgear sua exposição à dificuldade de se obter novos bitcoin.

Por Albert Hyseni. Via Unsplash.

Hashrate é uma medida da eletricidade (ajustada pela eficiência do hardware) sendo despendida na mineração de BTC.

Dificuldade é uma medida do quanto de hashrate é preciso despender pra encontrar um bloco válido. Quanto maior, mais difícil.

A dificuldade ajusta pra cima ou pra baixo a cada 2016 blocos. Se os 2016 blocos prévios se passaram mais rápido que 2 semanas, a dificuldade aumenta no próximo período. Se eles demoraram mais do que 2 semanas, a dificuldade cai.

Esse futuro da FTX é de dificuldade. Expira valendo o valor médio da dificuldade no trimestre. Não tem como medir hashrate com exatidão; dificuldade, sim. Um é proxy do outro.

O contrato responde a variações na dificuldade verificadas on-chain. Mas dá inferir a hashrate em tempo real, e estimar ajustes futuros na dificuldade - antes que eles se materializem.

Hashrate (esquerda) e dificuldade (direita) no Bitcoin, ao longo do último ano. Fonte: Blockchain.info

Em alguns casos, a precificação desses contratos da FTX é distorcida pelo ímpeto (ou despreocupação) por parte de mineradores em adquirir proteção para suas operações (adicionar previsibilidade ao fluxo de caixa).

No gráfico acima, note que a dificuldade atual paira perto de 17t. Abaixo, veja os preços para os futuros de dificuldade da FTX — vencendo em 30 de setembro de 2020; 31 de dezembro de 2020; e 31 de março de 2021.

O contrato 2020Q3 precifica uma média de 18.098t na dificuldade entre julho e setembro. Fonte: FTX

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